sexta-feira, 24 de julho de 2015

A PAPISA - O encontro com o feminino.



A PAPISA OU A SUMA SACERDOTISA

O FEMININO.



  
 "O Mundo Mudará menos

           com a determinação dos homens

                  do que com a adivinhação da Mulher."

                                                         
                                                              Claude Bragdon
         
             


          Uma mulher, com vestes cerimoniais que ocultam suas formas, de semblante tranquilo velado por um véu ,com o Livro dos Mistérios, do qual é guardiã, a chave da intuição, sentada entre dois pilares que refletem a dualidade desse Arcano de número 2.

          Nesse momento, O Louco se depara com a essência do paradoxo, do oculto, da vida e da morte, lembrando que somente a luz, não confinada no corpo, é imortal.

Usando elementos de que
dispomos.
          Surpreso com a Papisa, que sabe tudo sobre ele e o que traz em sua bagagem, dizendo a ele que sabe como fazer uso dessas ferramentas se ele assim desejar.  Com todo respeito, O Louco dispõe todos os objetos aos seus pés e aceita servilmente seus ensinamentos, que são transmitidos através  de sussurros e de seus pergaminhos muito antigos.

          O Louco agora, detentor do conhecimento do seu passado e seu presente, sabe para onde quer ir, abre as cortinas  e passa entre os dois pilares em direção ao seu futuro. sabendo que o que acontece pelas costas da Sacerdotisa somente são guardados mas não mais controlados por ela.

Novamente  o Livro que contém A Palavra, ao fundo
as colunas delimitando a cena.
          A Papisa está quase enraizada no lugar, passivamente sentada, quase imóvel, como se sempre estivesse sentada ali e assim continuará por toda a eternidade, talvez esteja refletindo sobre o que acabou de ler e mantenha o livro aberto para que possamos ler  A Palavra e decifrar nosso destino.

        Não diferente dessa cena arquetípica, encontramos nas representações da Anunciação, A Virgem Maria, também sentada, com o Livro dos Profetas aberto, predestinando-a como portadora da "Divina Criança".




            Na base da estátua de Ísis, encontramos os seguintes dizeres: "Sou tudo o que era, que é e que sempre será. Mortal algum jamais pôde descobrir o que jaz debaixo do meu véu"




        

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