quarta-feira, 8 de julho de 2015

A VIAGEM DO LOUCO - Uma Jornada às nossas profundezas.


A VIAGEM DO LOUCO
Uma jornada às nossas profundezas.


O Louco - sem a percepção
do perigo.


                Existe diversas teorias sobre a origem do Louco no Tarot, da mesma maneira sobre o motivo do "Coringa", nos baralhos de cartas, que vai desde um culto egípcio esotérico até como um artifício mnemônico utilizado em necromancia e feitiçaria (Paul Huson).


Coringa - transita
livremente pelo jogo.
                   Atualmente, sabemos que O Louco de número 0 (zero), assim como O Coringa, transita livremente entre todos os Trunfos do Tarot, inconsciente e inconsequentemente, tal qual um recém-nascido, sem a percepção do perigo.





Peter Pan - trajes semelhantes -
o menino que não queria crescer.

                    Podemos também associar O Louco, a Peter Pan e a Terra do Nunca, e se dermos a ele as Boas Vindas, talvez ele nos ensine a voar e nos dê um passaporte para a Terra do Nunca, onde jamais seremos capaz de aprisionar nossa infância e a sinceridade tão apreciada na teoria e tão desprezada na prática, o que leva por vezes, esse Louco se apresentar como um embusteiro e amoral.



                   A profundidade desse Arcano de número Zero, faz dele uma importante peça móvel nessa jornada, se por um lado ele representa o nada, por outro cria o decimal, o que multiplica o valor de todos os demais Arcanos.


Bobo da Corte - A esperteza
disfarçada de ingenuidade.

                   Outro aspecto arquetípico desse Trunfo, é o Bobo da Corte, aquele que tinha a capacidade de distrair e ser caçoado pela corte e ao mesmo tempo, por essa condição, passava desapercebido, tendo acesso a todas as informações do reino, estando pronto a qualquer momento para aquele famoso "Primeiro de Abril" -  nos lembrando sempre que o humor é fundamental para todas as relações e um material necessário para qualquer viagem.

                    É essa ambiguidade do Louco que  trás a  superfície a compreensão do Ego.


 Citando Jung: O ego está para o eu como o movido está para o motor, ou como o objeto está para o sujeito. O eu, como o inconsciente, é um a priori existente, do qual evolve o ego. É, por assim dizer, uma préfiguração inconsciente do ego. Não sou eu quem me crio a mim mesmo, antes aconteço para mim mesmo. {C. G. Jung, Psychology and Religion: West and East, C. W. Vol.11 Parag 391}

                   Ao sermos tocado pelo Louco, temos um vislumbre da eternidade, um voltar para casa guardado na nossa infância, o para sempre, o princípio sem o fim!



                    


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